Oi gente! Tudo bem com vocês?! Após uma pausa nos posts e várias mensagens pedindo para poder contar mais detalhes das minhas viagens, resolvi retornar meus posts e também alguns vídeos, falando sobre minha última viagem a Paraty, essa cidade para aqueles que ainda não sabem, é reconhecida como patrimônio da Humanidade. Você sabia disso? se ainda não, venha conhecer mais aqui comigo!
Bom, antes de qualquer coisa, quero te apresentar a cidade sob o viés do patrimônio cultural ok? depois, mais para o final do post, te conto sobre a minha hospedagem e o que vale a pena fazer por lá! Seguem aqui algumas curiosidades, histórias e fatos sobre a cidade:
A cidade foi fundada em 1667 em torno à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, sua padroeira. Teve grande importância econômica devido aos engenhos de cana-de-açúcar (que pra vocês terem ideia, chegou a ter mais de 250 lá em Paraty!), e até hoje, a cidade é conhecida como o “lugar da boa cachaça” (bom, isso não sei pessoal por que eu não bebo, então não sou a melhor pessoa para comentar sobre, rsrs)! Bom, mas no século XVIII, a cidade de Paraty se destaca como importante região do porto – por onde se escoava o ouro e as pedras preciosas que saiam das Minas Gerais, que iam direto para Portugal. Alguns anos depois, se construiu um outro caminho que desviava, na própria Estrada Real mesmo, que inclusive ligaria Minas Gerais diretamente ao Rio, aí não passava mais por Paraty – e vcs já podem imaginar o que virou a cidade com esse grande “isolamento econômico”, né?
Passados alguns anos, e após a abertura da Estrada Paraty-Cunha, e principalmente, após a construção da Rodovia Rio-Santos na década de 70 (que foi a que viemos na nossa viagem – que saímos de BH e fomos até Paraty de carro), a cidade de Paraty torna-se, novamente “pólo de turismo nacional e internacional”, devido as várias questões ambientais, culturais, mas também, claro, ao seu bom estado de conservação e às suas belezas naturais, que são únicas né! Para se ter uma ideia, em sua área encontram-se o Parque Nacional da Serra da Bocaina, a Área de Proteção Ambiental do Cairuçú – onde está a Vila da Trindade – a Reserva da Joatinga, e ainda, faz limite com o Parque Estadual da Serra do Mar. Ou seja, é Mata Atlântica por todo lado que você olhar!
E você deve estar se perguntando, onde entra o patrimônio cultural por aí, Maíra?
Bom gente, agora que já vimos brevemente a história de Paraty, vamos falar um pouco também do reconhecimento da UNESCO como Patrimônio da Humanidade! “Paraty e Ilha Grande: cultura e biodiversidade” é o nome da candidatura que, em 2019, recebeu o título como o primeiro bem brasileiro inscrito na categoria de sítio misto, ou seja, cultural e natural. Para se ter uma ideia, todos os demais sítios mistos do continente, como Machu Picchu, no Peru, são sítios arqueológicos em uma paisagem natural. Com cerca de 85% da cobertura vegetal nativa supeeer bem conservada, a área do sítio misto forma o segundo maior remanescente florestal do bioma Mata Atlântica. Além da sua extensão enorme, essa área apresenta uma fauna e flora incomparáveis, com diversas espécies raras inclusive.
E por que exatamente Paraty e Ilha Grande receberam esse título? Paraty e Ilha Grande são locais marcados pela coexistência entre uma cultura viva e ancestral em um ambiente natural exuberante. Em Paraty por exemplo, temos o centro histórico que é lindo e que deu origem a ocupação do núcleo urbano da cidade; temos ali também uma variedade de sítios arqueológicos, uma porção do antigo Caminho do Ouro, além de claro, as comunidades vivas ali presentes, que mantêm sua relação ancestral com a paisagem, todas formando um sistema cultural com uma relação próxima ao meio ambiente.
No próximo post, contarei outras curiosidades sobre esse sítio misto por que agora, vou contar pra vocês por que escolhi o centro histórico para me hospedar em Paraty. Bom gente, como podem imaginar, pra uma arquiteta do “patrimônio” dificilmente ficaria em outro lugar né? Mas antes de qualquer coisa tínhamos que pensar em um hotel que tivesse estacionamento pois fomos de carro, como já comentei..outra coisa, fomos com meus sogros então também gostaria que fosse um lugar bem confortável para eles conhecerem a cidade (já que foi a primeira vez deles em Paraty). Então, fui pesquisar em artigos, blogs, booking e lugares que todos buscam para fazer as reservas né? foi aí que vi a Pousada do Ouro, numa excelente localização e tinha tudo que precisávamos. E olha só, ela ficava do lado da casa do príncipe Dom João de Orleans e Bragança, aquela única casinha verde e amarela virada pro mar, conhece dela? se ainda não, me fala aqui nos comentários que se quiserem, Posso fazer um vídeo contando sobre ela.
Como sou mineira e cresci indo muito para Ouro Preto – e quem já foi lá em OP sabe o tanto que é só morro – queria muito voltar a Paraty (sim, já conhecia a cidade!), e hospedar no centro histórico para novamente, tentar entender as relações que existem naquele centro, quem são as pessoas que frequentam lá, o que fazem..e por aí vai! Lá tem várias coisas para fazer, além de passear pelo próprio centro mesmo, curtir os festivais de música, fotografia, literatura e outros; existem outros passeios em outras praias (que você pode ir de carro se quiser), além de poder alugar uma lancha por exemplo, que foi o que fizemos, e conhecer outras praias ali perto. Comida típica, caiçara, é o que não falta, tem passeios nos quilombos, turismo de aventura e em meio a essa ambiente natural lindo…enfim, tem várias coisas para fazer por lá.
Então se ficou com alguma dúvida ou quer deixar um comentário aqui neste post fique super a vontade! Seja bem vindo você que ainda não me conhece e espero que vc aproveite muito os conteúdos por aqui! Beijos e até a próxima!